Encenação no Palácio da Justiça rememora Revolução Constitucionalista de 1932
Tradicional evento é realizado na sede do TJSP.
O Palácio da Justiça foi palco, nesta quinta-feira (11), de encenação em memória aos 92 anos da Revolução Constitucionalista de 1932. A tradicional homenagem foi organizada pelo Museu do Tribunal, em parceria com a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Assessoria Policial Militar do TJSP. Acompanharam o evento o presidente da Corte, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, e o secretário estadual da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, entre outras autoridades.
O evento integra os tributos ao 9 de julho, data que marca o início do movimento paulista, que ocorreu entre os meses de julho e outubro de 1932, com o objetivo de derrubar o governo provisório de Getúlio Vargas e instituir um regime constitucional. Após a execução do Hino Nacional pela banda do Corpo Musical da Polícia Militar, sob a regência do maestro subtenente Paulo, o presidente Fernando Torres Garcia falou sobre a revolução e enalteceu a participação do povo bandeirante. “Movimento de caráter essencialmente democrático, tinha como principal objetivo o aperfeiçoamento de uma assembleia nacional constituinte”, disse. “No campo dos ideais, São Paulo venceu. O sacrifício dos paulistas, que lutaram bravamente nas trincheiras da legalidade, da liberdade e da Justiça, não foi em vão.”
Os alunos da Academia de Polícia Militar do Barro Branco encenaram os fatos marcantes da Revolução, como a manifestação ocorrida no centro de São Paulo, em 23 maio daquele ano. Com narração do capitão PM Fernando Antonio de Moura, os presentes relembraram o protesto, em que a população exigia democracia, eleições e uma nova Constituição. Na ocasião, quatro jovens foram mortos (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) e um seriamente ferido, vindo a falecer em agosto daquele ano (Alvarenga), fato que originou a sigla MMDC, símbolo do movimento. Em 9 de julho, São Paulo iniciou a Revolução, que durou 87 dias com – oficialmente – com 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2,2 mil baixas. Em 1934, o Brasil teve uma nova Constituição.
Outros momentos marcantes do evento foram a execução da Marcha Paris-Belfort – outro símbolo da Revolução – e a declamação da poesia “Os jovens de 32”, de Paulo Bonfim. O público também pôde conferir acervo do Regimento da Polícia Montada “9 de Julho” e de parte da exposição “A Revolução em 32 quadros”, que contou com projeto expográfico do Centro de Memória Eleitoral (Cemel) e do Museu do TJSP, bem como curadoria do relações públicas do Museu da Imagem e do Som, José Maria Pereira Lopes. O acervo completo ficará em cartaz por um mês no Palacete Conde de Sarzedas, sede do Museu do TJSP. Os interessados também podem acessar a exposição virtual, com a íntegra do discurso pró-ideias constitucionalistas, proferido pelo então presidente do TJSP, ministro Costa Manso, na sede do Judiciário paulista e que foi veiculado na rádio durante o conflito armado.
Também prestigiaram a encenação os integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM), desembargadores Francisco Eduardo Loureiro (corregedor-geral da Justiça) e Ricardo Cintra Torres de Carvalho (presidente da Seção de Direito Público); o coordenador do Museu do TJSP, desembargador Octavio Augusto Machado de Barros Filho; o vice-presidente da União Internacional de Magistrados e vice-presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), desembargador Walter Rocha Barone, representando o presidente da Apamagis; os ouvidores do TJSP, desembargadores Afonso de Barros Faro Júnior e Rosangela Maria Telles; o defensor público assessor da Defensoria Pública-Geral, Marcelo Bonilha Campos, representando a defensora pública-geral; o chefe da assessoria policial militar do TJSP, coronel PM Miguel Elias Daffara, representando o comandante-geral da PM; o diretor de Ensino e Cultura da Polícia Militar, coronel PM Victor Alessandro Ferreira Fedrizzi; o comandante do Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPA/M-5), coronel PM Marco Antonio Pimentel; o tenente coronel PM Rodrigo de Oliveira Carneiro, representando o comandante da Academia de Polícia Militar do Barro Branco; o delegado de polícia chefe da Assessoria Policial Civil do TJSP, em exercício, Antonio Carlos Ortolá Jorge, representando o delegado-geral; desembargadores; juízes; autoridades civis e militares; servidores da Justiça; oficiais; praças e jurisdicionados.
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